quinta-feira, 8 de abril de 2021

Mortal Kombat | Como o novo filme conseguiu superar uma década no limbo


No set da produção, o diretor novato Simon McQuoid falou ao Omelete sobre a responsabilidade de assumir um projeto de história conturbada


Nicolas de Oliveira Dias

Fonte: omelete.com.br

Em: 04.03.21



Querer nem sempre é poder, especialmente quando se trata de adaptações de jogos para as telonas. Filmes de games têm um histórico bastante conturbado, mas a história também é marcada por grandes projetos que nunca saíram do papel. Mesmo sendo uma das maiores franquias do Xbox, a Microsoft apanhou muito - e ainda apanha - para levar Halo aos cinemas. E o mesmo ocorre com Metal Gear Solid, por exemplo, cujo longa de Jordan Vogt-Roberts (Kong: A Ilha da Caveira) segue em desenvolvimento. Mas é possível sair desse limbo de anos perdidos entre reuniões com executivos, trocas de diretores, roteiros reescritos e adiamentos. Mortal Kombat é a prova disso. 

Muito antes do primeiro trailer conquistar a internet, em 2019, o Omelete teve a oportunidade de visitar o set do filme em Adelaide, na Austrália. Em uma tenda montada dentro de um enorme galpão, repleta de jornalistas do mundo todo, o diretor Simon McQuoid mostra um pequeno vídeo de testes de figurino, material apresentado para conquistar os executivos da New Line Cinema, embalado pela trilha sonora de Benjamin Wallfisch (Blade Runner 2049, Shazam!). Na apresentação é possível ver o personagem novato Cole Young (Lewis Tan) e também Jax (Mehcad Brooks) e Sub-Zero (Joe Taslim) apenas posando para a câmera. Mesmo sem muito espetáculo, o cineasta parece terrivelmente orgulhoso do que está na telinha. O motivo, ele explica, é o enorme sufoco para enfim ter algo do projeto para mostrar. 

Test Your Might 

Poster dos Personagens do Longa
Imagem: omelete.com.br

Para entender, é preciso recapitular um pouco. Mortal Kombat já havia sido levado para os cinemas em 1995, pelas mãos de Paul W.S. Anderson (Resident Evil), em um filme altamente brega, divertido e influente. O resultado foi uma bilheteria satisfatória, recepção crítica morna, e uma continuação decepcionante em 1997. Com isso, a franquia passou os anos seguintes apenas nos videogames, o que só aumentou a vontade por uma nova adaptação. Quem contribuiu com esse sentimento foi o cineasta Kevin Tancharoen, com o curta Mortal Kombat: Rebirth (2010), que apresentava uma versão mais sombria e realista desse sangrento universo. Essa abordagem deu tão certo que ele a transformou na websérie Mortal Kombat: Legacy (2011), produzida com um orçamento mínimo e lançada direto no Youtube. Com um certo hype na internet, não deu outra: em 2011, o estúdio New Line Cinema oficializou um reboot nos cinemas, comandado por Tancharoen. 

Desde então, muita coisa deu errado. O diretor, que também escrevia o longa, largou o projeto em 2013. Seu roteiro voltou para a gaveta da New Line Cinema, e ficou lá por mais dois anos. Foi só em 2015 que a ideia foi retomada, quando o estúdio colocou James Wan para produzi-la. Responsável por franquias como Invocação do Mal, Jogos Mortais e Sobrenatural, ele é a pessoa certa para tirar projetos do chão, mesmo sem encostar na direção. Mas Wan também entende que há valor em trabalhos bem realizados e adaptações que façam jus ao material base. 

Logo em 2016, um ano após o anúncio, o produtor-executivo declarou que Mortal Kombat não seria feito nas coxas para tentar tirar dinheiro dos fãs: “O filme ainda está sendo preparado. Esse projeto, em particular, é uma propriedade que eu amava quando criança. Não só os jogos, mas até mesmo os filmes, eu meio que gostava deles pelo que eles eram. A chave para o novo filme funcionar é fazê-lo da forma certa. Não quero apressar as coisas. Então, neste momento, estamos tirando um tempo para assegurar que tudo está indo na direção certa. Acho isso mais importante do que tentar acelerar as coisas e fazer algo que ninguém gosta”. No mesmo ano, Simon McQuoid foi escalado para comandar o longa, e o roteiro ganhou uma nova versão por Greg Russo e Dave Callaham, baseada em trama criada por Oren Uziel. No set, o produtor Todd Garner, envolvido desde o início, foi bem honesto ao dizer para os jornalistas que não gostava do texto de Tancharoen, e que escrever algo inédito foi fundamental para colocar o projeto de volta nos trilhos. 

Mesmo com a equipe contratada, as filmagens só foram começar em 2019, oito anos depois do anúncio inicial e quase uma década após a Warner Bros. adquirir os direitos da franquia. 

Sangue Fresco 

Em teoria, Simon McQuoid é a pessoa errada para comandar Mortal Kombat. No set, ele admite aos jornalistas que seu contato com os games se dá apenas por meio de seus filhos. Além disso, é um diretor de primeira viagem, e a adaptação marca seu primeiro longa-metragem. Ironicamente, o que lhe rendeu o cargo foi ter dirigido comerciais criativos para jogos. Uma das mais marcantes peças publicitárias do PlayStation 3 reúne em um bar grandes nomes do console, como Kratos (God of War) e Nathan Drake (Uncharted), para celebrar o jogador. Já outro trabalho memorável foi para Halo 3, da Microsoft, em que um veterano de guerra relembra o trauma do conflito e o papel do protagonista Master Chief em uma das grandes batalhas do game. Ambas as campanhas foram muito bem recebidas pelos gamers. Mesmo sem ser um grande conhecedor do meio, é visível que McQuoid tem sensibilidade para tratar a mídia. 

Essa sensibilidade fica ainda mais visível na conversa. Ao brincar que praticamente fez um curso universitário sobre a franquia após ser contratado, o cineasta explica sua visão para uma adaptação de sucesso: "A palavra que mais uso é ‘respeito'. Respeito pelos fãs, e também pelos personagens e pelo cânone dos jogos. A execução desse projeto tem tudo isso como seus pilares centrais". Mas mesmo em uma franquia conhecida por sua violência gráfica (que, por sinal, está presente nas telonas), McQuoid também quer explorar, em meio a toda a porradaria, humor, leveza e reverência aos personagens e ao legado dos games. 

"Há muita humanidade e empatia dentro do filme, e isso se estende para todos os personagens. Todos têm seu momento de brilhar. Mortal Kombat, para mim, é tão popular por conta de seus personagens. Eles são os motores desse universo. Claro, há o cânone, suas tramas e camadas. Mas quando falo de respeito, há muito respeito pelos personagens, em como eles são apresentados e celebrados, tanto para os fãs quanto para os novos espectadores. Quero respeitá-los de um jeito que demonstre que a produção realmente se importa com eles", afirma. 


Sub-Zero
Imagem: omelete.com.br


O papo com o Omelete acontece entre takes de uma cena de ação, com Liu Kang (Ludi Lin) lutando pelos corredores de uma antiga estrutura, que mais se assemelha a um enorme coliseu, montado no enorme galpão em Adelaide. Mesmo com toda a correria e barulho da equipe de produção, o cineasta aproveita seu intervalo de 20 minutos discutindo com os jornalistas sobre os desafios de fazer uma adaptação à altura do material-base, e também do equilíbrio entre o fan service e a contextualização para o público novato. 

Para McQuoid, uma pitada de humor é a chave para alcançar a harmonia, algo que o Marvel Studios ensinou com suas obras. “Há muita comédia e risadas, muito graças a Kano [Josh Lawson]. O cânone de Mortal Kombat tem muitos elementos como Deuses Antigos e coisas do tipo, e diálogos extensos sobre mitologia, então ele nos ajuda a não levar tudo muito a sério.” 

Ainda que o diretor queira dar um toque de leveza, isso não significa que Mortal Kombat perdoará na violência. Graças à classificação indicativa para maiores de idade, o filme é repleto de intensas cenas de porradaria e nojeira gráfica. "Eu não sei um número ao certo, mas vi tonéis de sangue falso pelo set”, conta McQuoid, aos risos. “Além de respeito, outra palavra que uso para descrever o projeto é autenticidade. A autenticidade está em como apresentamos os personagens, na textura dos figurinos, mas também no sangue. Há muito sangue, mas não ao ponto de arruinar um momento sério com jatos incessantes. É algo para dar o tom, fazer o público sentir o impacto - mas sim, haverá bastante sangue." 

Com o tempo da conversa chegando ao fim, o diretor retorna ao trabalho, para acompanhar uma luta entre Sonya Blade (Jessica McNamee) e Kano. Depois de uma década perdida no limbo de desenvolvimento, Mortal Kombat é mais real do que nunca, palpável em sets gigantescos, com o mínimo de efeitos digitais e telas azuis, e o máximo de cenários práticos, porradaria honesta e, claro, personagens marcantes do jogo. "Pra mim, o objetivo final da ficção científica e da fantasia no cinema é quando você realmente acredita, com personagens de corações enormes com os quais você se importa”, afirma Simon McQuoid, antes de voltar ao posto. “Dar vida a esse projeto e aos personagens tem sido uma alegria para mim”. 

A estreia de Mortal Kombat nos cinemas brasileiros está marcada para 15 de abril. Até lá, fique ligado no Omelete para saber todos os segredos do set do novo filme! 

terça-feira, 6 de abril de 2021

MORTAL KOMBAT: 5 MOTIVOS PARA SE EMPOLGAR E 5 PARA SE PREOCUPAR COM O NOVO FILME

Depois de mais de duas décadas de ausência da tela grande e inúmeros projetos de continuação cancelados, Mortal Kombat chegará em 18 de abril aos cinemas e ao HBO Maxiniciando uma nova era de kombates encarniçados entre guerreirosdeuses e monstros. O primeiro trailer do filme empolgou bastante os fãs, se tornando a prévia para maiores de idade mais vista da história do YouTube na primeira semana. 

Mas assim como  motivos para comemorar o retorno da franquia de games de luta às telonastambém  razões para se preocupar. Aqui, enumeramos algumas delas! 



Nicolas de Oliveira Dias

Fonte: legiaodosherois.com.br

Em: 06.03.21



Motivos para se empolgar com Mortal Kombat 


É o primeiro filme em 24 anos 


última vez que os fãs de Mortal Kombat foram aos cinemas conferir um filme baseado nos games foi no longínquo ano de 1997,  24 anos. O filme em questão era Mortal Kombat: A Aniquilação, que adaptava (muitolivremente a trama do jogo Mortal Kombat 3lançado 2 anos antes. E como todos sabemos, o filme é um desastre irreparável, tanto que Ed Boon, co-criador da franquia, o considera o momento mais baixo da série em todos os tempos. 

De  para os fãs tiveram que se contentar com o seriado Mortal Kombat: A Conquista, que tinha  seus méritos mas era bem fraco, e com a web-série Mortal Kombat Legacy, que apesar do pouco orçamentoagradou ao públicoPassado tanto tempo e tanto desgostoos adoradores de um bom Kombate merecem um filme à altura de sua franquia preferida, e a julgar pelo trailer, pode ser que desta vez isso aconteça. 

Visuais fiéis aos jogos 

Um dia antes de o trailer de Mortal Kombat ser divulgado pela Warner Bros., cartazes individuais de cada um dos principais personagens foram liberadosimpressionando o público pela fidelidade com o material original. Os trajes dos kombatentes lembram bastante os usados no game Mortal Kombat 11, que parece ter sido a principal fonte de inspiração da equipe criativa neste quesito. 

Filmes baseados em jogos geralmente fogem bastante da fonteapostando em novas ideias em detrimento de tudo o que fazia do material base algo amado por seus fãs. Este não parece ser o caso de Mortal Kombat, pelo menos visualmente falandoTeremos mais um filme bom baseado nos games como o de 1995?  os Deuses Ancestrais sabem a resposta 


Lutas incríveis 


Bihan (Sub-Zero) vs Hanzo (Scorpion)
Imagem: legiaodosherois.com.br

O trailer   o recado: o novo Mortal Kombat terá coreografias de luta de tirar o fôlegoexatamente como deveria ser. Além dos movimentos precisos e estilososestão garantidas também as magias pelas quais os personagens ficaram tão famososcomo o gelo de Sub-Zero (Joe Taslim) e o fogo de Liu Kang (Ludi Lin). 

Parece bastante improvável que o filme deixe os fãs desapontados nesta categoriaainda mais com o fato de que a grande maioria dos membros do elenco são artistas marciais veteranos de outros filmes de ação e dominam várias disciplinas de luta. 

Personagens populares 

Neste novo filme — que esperamos ser o primeiro de muitos –, o diretor Simon McQuoid optou por reunir alguns dos kombatentes mais queridos do público, que estão presentes em quase todos os jogos da série. 

Além dos  citados Liu Kang Sub-Zeroteremos também Raiden (Tadanobu Asano), Sonya Blade (Jessica McNamee), Jax (Mehcad Brooks), Kung Lao (Max Huang), Scorpion (Hiroyuki Sanada), Kano (Josh Lawson), Mileena (Sisi Stringer), Shang Tsung (Chin Han), Nitara (Elissa Cadwell), Kabal (Daniel Nelson), Reptile e o príncipe Gorocampeão do torneio anterior. É um bom leque de personagens para um começo de aventura e, com sorteveremos mais em uma potencial sequência. 


Fatalities 


finalmente, algo pelo qual todo mundo pode se empolgar de verdade: a presença dos Fatalitiesmovimentos de finalização absurdamente violentos e sangrentos que se tornaram a marca registrada de Mortal Kombat. 

Desde os primeiros meses de desenvolvimento, o roteirista Greg Russo  havia confirmado em seuTwitter que os Fatalities, tão ignorados em outras produções em live-action da franquiaseriam uma parte importante do novo filme, que aliás recebeu a classificação indicativa de 18 anosIsso por si   é algo para ser comemorado! 

 

Motivos para se preocupar com Mortal Kombat 

 

 

sinopse 


Quando foi divulgada, a sinopse oficial de Mortal Kombat deixou os fãs bastante preocupadosAlém da presença de um personagem totalmente novo como protagonista, o resumo ainda revelava algumas mudanças na lore dos jogos. A sinopse diz: 

Em “Mortal Kombat”, o lutador de MMA Cole Young, acostumado a apanhar por dinheironão sabe de sua origem – ou o motivo do Imperador da Exoterra, Shang Tsung, ter mandado seu melhor guerreiro, o Sub-Zero, um criomancer de outro mundo, para caçar Cole. Temendo pela segurança de sua família, Cole vai em busca de Sonya Blade após ser direcionado à ela por Jax, um Major das Forcas Especiais que tem a mesma marca de dragão com a qual Cole nasceu. Logo, ele se encontra no templo do Lorde Raiden, um Deus ancestral e protetor do Plano Terreno que  santuário para aqueles que carregam a marca, Cole treina com os guerreiros experientes Liu Kang e Kung Lao, e com o mercenário Kano, enquanto ele prepara para se unir aos campeões da Terra contra os inimigos da Exoterra em uma batalha pelo universo. Mas será que Cole vai ser treinado o bastante para desbloquear sua arcana – o imenso poder de dentro de sua alma – a tempo de não apenas salvar sua família, mas também parar a Exoterra de uma vez por todas? 

Como qualquer  sabe, Raiden não é um deus ancestral, mas sim o deus do trovão e o protetor do Plano Terreno. O imperador da Exoterra também nunca foi Shang Tsungeste papel pertence a Shao KahnEstaria a sinopse errada ou realmente veremos essas mudanças no filmeEm abrilsaberemos 


Personagens mal aproveitados 


Mileena
Imagem: legiaodosherois.com.br


Em um filme com vários personagens, é muito difícil dar o tempo de tela que todos merecemainda mais se ele tiver menos de duas horas. Às vezesnem assim. E filmes baseados em games sempre sofreram nesse departamento. 

Com tantos personagens compondo a trama de Mortal Kombat, é muito difícil imaginar que todos eles sejam tratados bem pelo roteirosendo quase certeza de alguns  aparecerão para lutaremmorrerem e nada mais. A pergunta é: quais serão? Um Scorpion  aparecendo no final do filme é algo que ninguém merece 


Liberdades criativas 


Outra coisa com a qual filmes de games sofrem é com as mudanças em relação ao material base, que na maioria das vezes chega irreconhecível ao cinema. Exemplos não faltamStreet Fighter, Double Dragon, The King of Fighters. Super Mario Bros… dado esse histórico, é natural que os fãs estejam com um  atrás. 

No caso de Mortal Kombatisso pode até ser passável, e o motivo para isso está nos jogosEm Mortal Kombat 11, a titã Kronika fala que  destruiu e reconstruiu a linha do tempo milhares de vezes, e todas elas vieram com mudanças. Logo, tudo o que aconteceu nos vários jogos da franquia até hoje é canônicodesde que em sua respectiva linha temporal. 

Com o filme pode ser o mesmo, mas dependendo da “forçada de amizade” do roteiroos fãs podem não absorver o que verão na tela muito bem. 

Personagens queridos de fora 

Desde que o elenco do filme foi reveladoos fãs se fazem uma perguntaonde está Johnny Cage? Ao que parece, o ator de Hollywood e alívio cômico de Mortal Kombat ficará de fora desta primeira aventura, e ele não será o único. 

princesa Kitana também não aparecerá no filme, mas sua “irmã” Mileenaessa sim. Isso parece bastante ilógico, dado que a origem de Mileena é extremamente dependente de Kitana e que, apesar do carinho dos fãs, a ninja dos leques é muito mais relevante para a história da franquia do que a guerreira dos saisPortanto existe um motivo para desconfiança. 

Dizem boatos que tanto Kitana quanto Cage estariam em uma cena pós-créditos, mas por enquanto é apenas isso: um boato. 


Cole Young 


Cole Young, personagem criado para o filme!
Imagem: legiaodosherois.com.br

Agora, o principal motivo de preocupação de 10 entre 10 fãs de Mortal KombatCole Youngpersonagem interpretado por Lewis TanLutador de MMA e pai solteiroele é contatado por Jax e Sonya, que lhe dizem que ele foi escolhido para competir no grande torneio pela sobrevivência do Plano Terreno. Ele também tem uma cicatriz em forma de dragão no peito, algo compartilhado por todos os demais escolhidos. 

Parece um tanto sem sentido criar um personagem totalmente novo para protagonizar o filmetendo dezenas de outros  consagrados dos games que poderiam cumprir este papel. O pensamento dos fãs vai direto para os filmes da série Resident Evil, que com sua Alice entregaram aventuras visualmente interessantes, mas vazias e sem muito conteúdo. 

Se Cole Young dará certo ou se será uma “nova Alice”, descobriremos logo logo. 



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